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quinta-feira, 26 de agosto de 2010



A maior e mais amendrontadora prisão
é aquela que se constrói dentro de si mesmo
Se faz perversa pois o torturador e o carcereiro
fazem parte da própria carne.
Como então fugir dos próprios anseios, desesperos,
assim como da euforia destruidora de si e daqueles que te cercam?
A licergia, a embriaguez já não dão mais conta de apaziguar o Outro
que se constitui e se alimenta das entranhas e segue pregado nas víceras
de quem sofre e ao mesmo tempo regozija-se de seu lugar ambíguo
Remédios lícitos vêm [tentar] substituir a caminhada na ilegalidade
Adormecimento da dor de existir? Submissão às normas vigentes e ditadoras da normalidade?
Seria a morte a salvação? Ou após a morte seguirão como pares pela eternidade
[se esta existir]

Anita Lester

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